APEMIP diz que há um grande desequilíbrio entre a oferta e a procura de habitações.
A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) alertou ontem que o mercado do arrendamento está desequilibrado, salientando que onde há oferta de casas para arrendar não há procura.
De acordo com a APEMIP, a realidade do mercado, com base nos Censos de 2011, é a de que os números da oferta do arrendamento residencial é superior à procura em dezassete dos vinte distritos e regiões autónomas do país. Mas em Lisboa, Porto e Aveiro a procura é a maior que a oferta. "Só nos distritos de Aveiro, de Lisboa e do Porto é que se verifica o contrário", refere.
Numa nota cita pela Lusa, a APEMIP afirma que, "em nome do rigor, é preciso contrariar o injustificado optimismo daqueles que falam na existência de mais de cem mil fogos na oferta imobiliária para o mercado residencial de arrendamento urbano", porque "há oferta onde não há procura e procura onde não há oferta".
A associação exemplifica que os mais de cem mil fogos apontados "contabilizam toda a oferta" dos distritos de Bragança ou de Portalegre, "onde a procura é tão escassa que não chega a poder contabilizar-se percentualmente".
"Como as casas não podem deslocalizar-se para onde a procura pressiona mais, seria necessário inverter a tendência das movimentações demográficas em Portugal, que continua a ser do interior para o litoral, ou seja, das regiões onde há oferta, mas não há procura, para as regiões onde há procura, mas não há oferta",
salienta a APEMIP.
salienta a APEMIP.
FONTE: economico.sapo.pt
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