quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Compra de casas para investir e arrendar disparou no final do ano

Com a crise, há quem aplique as poupanças do banco na compra de apartamentos em Lisboa e Porto.

A dinâmica das vendas de casas a particulares e as transacções da banca no último trimestre de 2011 limitaram as transacções a uma quebra de apenas 7,2%, face a 2010. Só em Dezembro, as vendas dispararam 25%, para 19 mil operações, em relação a Novembro, conclui a análise da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). As mediadoras atribuem o aumento das vendas a transacções de investidores particulares, que retiraram as poupanças dos bancos para apostar no imobiliário, bem como aos imóveis da banca, com propostas de financiamentos a 100% e ‘spreads´ competitivos.

O aumento do número de transacções registado em Dezembro surpreendeu a própria APEMIP. "Este aumento expõe, de uma forma que até ao momento não tinha sido perceptível, o facto de o imobiliário nacional estar a ser percepcionado pelos investidores como um verdadeiro activo de refúgio e, simultaneamente, como uma aplicação que garante retorno tendencialmente seguro e imediato", justifica o presidente da associação, Luís Lima.

Porém, todos caminham para a mesma conclusão: o peso dos imóveis da banca irá aumentar ainda mais este ano. "São as próprias instituições bancárias que colocam já parte dos imóveis no mercado do arrendamento, através dos fundos imobiliários criados para o efeito. A outra parte é para vender a preços mais acessíveis, já que a avaliação também é feita pelas instituições bancárias, que normalmente reduzem o valor do imóvel", confere o director do departamento residencial da CBRE, João Nuno Magalhães.

FONTE: economico.sapo.pt

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