1. A oferta não é igual em todos os bancos
Enquanto que todas as instituições financeiras oferecem créditos à habitação de taxa variável, o mesmo não se aplica nos créditos de taxa fixa. O Millennium bcp, por exemplo, não comercializa empréstimos à habitação com esta modalidade. Já em outras instituições contactadas, contratar um financiamento com taxa fixa é possível mas em diferentes condições. O Santander, por exemplo, permite aos clientes fixarem a taxa dos seus empréstimos nos primeiros cinco anos de vida do contrato. Após esse período, o empréstimo passa para taxa variável. Já no Barclays é possível fixar a prestação durante, 2,3 4,5 10, 15,20,15 ou mesmo 30 anos. Este é um dos bancos, a par com o BES, com a oferta mais variada de prazos para empréstimos de taxa fixa. No caso do banco liderado por Ricardo Salgado é mesmo possível contratar um empréstimo com taxa fixa a 40 anos. Já no Banif, a oferta é mais limitada: só é possível fixar a prestação a três ou a cinco anos. No Crédito Agrícola a oferta varia entre os 3, 5, 10 e 15 anos.
2. Cuidados com os custos
Os bancos contactados pelo Diário Económico afirmam que praticam ‘spreads' semelhantes nos créditos à habitação de taxa variável e de taxa fixa. No entanto, convém lembrar que os empréstimos de taxa fixa são mais penalizados em caso de amortização antecipada do empréstimo. Enquanto nos créditos de taxa variável as amortizações antecipadas do capital não podem exceder os 0,5%, nos financiamentos a taxa fixa, essa penalização poderá ir até 2%.
3. Há uma solução melhor do que a outra?
Tudo depende do perfil de cada um. Ao fixar a prestação da casa, por um determinado número de anos sabe que durante esse período os seus encargos mensais não vão oscilar. Isso pode ser muito vantajoso no caso das taxas Euribor subirem durante esse período. No entanto, se a tendência for a contrária, e se as taxas Euribor deslizarem, o crédito à habitação de taxa fixa fica mais caro. Olhando para as expectativas dos agentes de mercado na negociação de contratos de futuro sobre a Euribor a três meses é possível verificar que é esperado que a Euribor a três meses deslize nos próximos dois anos. Se esta tendência se confirmar, significa que fixar um empréstimo a 2, 3 ou 4 anos, poderá ficar mais caro do que se optar por um crédito de taxa variável. Provavelmente, compensará mais fixar a prestação a prazos mais longos, aproveitando o facto de algumas taxas ‘swap' estarem em mínimos históricos, ou muito perto disso. É o que acontece, por exemplo, a quem fixar um crédito a 20 ou a 30 anos.
Fonte: Diário Económico
Gostei do que li e obrigado pela ajuda. Vou estudar o assunto antes de mudar para a taxa fixa.
ResponderEliminarObrigado.
João Carlos.