terça-feira, 22 de novembro de 2011

Valor da habitação de luxo caiu 10 a 15% em 2010

Um estudo apresentado esta quinta-feira pela consultora imobiliária Prime Yield  revela que em 2010 verificou-se no mercado português de resorts de luxo um decréscimo entre 10 e 15%, no número de transacções concluídas bem como nos valores médios das vendas.

De acordo com o estudo, que este ano pela primeira vez analisa apenas o imobiliário de resorts e não  os condomínios, apesar de Portugal ter condições bastante atractivas de captação de investidores, as circunstâncias europeias têm levado a um abrandamento da dinâmica de mercado. “O mercado imobiliário tem ciclos mais amplos que os mercados económicos e financeiros e hoje em dia as pessoas estão mais cautelosas, expectantes sobre o que fazer à sua carteira, se terá ou não de ser reformulada, para que tenham frutos quando a situação for mais vantajosa”, garante José Velez, director da Prime Yield em Portugal.

O estudo revela ainda que está a surgir uma tendência de aparecimento de investidores de Leste e Nórdicos, que de algum modo têm compensado a retracção dos investidores anglosaxonicos e Portugal, sobretudo o Algarve, tem aproveitado ainda a instabilidade política nos países do Magreb.

O estudo, que contemplou cerca de 40 empreendimentos e aproximadamente 500 imóveis, analisa o mercado residencial de luxo integrado em Resorts ao longo de 2010 e primeiro semestre de 2011, considerando apartamentos, moradias em banda, moradias unifamiliares e lotes de terreno, num cruzamento de dados não só da própria consultora como da imobiliária Fine&Country. Neste estudo , além das zonas já anteriormente consideradas, nomeadamente  Costa da Prata, Riviera Cascais /Estoril, Costa Azul e as quatro zonas do Algarve (Triângulo Dourado, Vilamoura, Barlavento e Sotavento, a Prime Yield incluiu ainda uma análise à região Norte, concentrada sobretudo no potencial do Douro, e o Alentejo.

Em média, a Prime Yield revela que os preços se mantiveram consolidados, superando os três milhões de euros no Triângulo Dourado (Quinta do Lago, Vale do Lobo e Almancil), zona em que as moradias familiares V5 podem atingir valores médios na ordem dos 3,8 milhões de euros.

Para José Velez, “Portugal tem um mercado de imobiliário de ‘resorts’ especialmente resistente, dado ser menos exposto às variações dos ciclos imobiliários, tendo em conta as suas características e vantagens naturais, mas também devido à qualidade de construção e design”.

FONTE: construir.pt

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